POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















domingo, 12 de abril de 2015

Ponto de Parada

ponto de parada
um baque
uma defesa
contra
os contumazes ataques
da metrópole
que não deixam ilesas
todo as as pessoas
livres ou presas
Limite de embarque
mais um baque
um marco
um negro lacre
abaixo das frestas horizontais
de um biombo metálico
esse janela que se faz teto
e reparte o dia e a noite
o sol e a névoa
e traz um pouco de afeto
para a espera
não ser intolerável
ponto de parada
um buquê de trevas
no limite de embarque de sonhos
antes que o pesadelo
se apodera
e não modera o tempo

Carlos R.Gutierrez

foto Nelson de Souza


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