Sou mais átomo
do que molécula
mais fécula do que massa
mais ázimo que fermento
mas não fui eu
que você escolheu
não fui eu
nem o que planejava ser
não seguramente não fui eu
quem lhe prometeu
mundos e fundos
musgos e fungos
nem sequer cogite
não hesite em reconhecer
que não fui eu
o seu desvio
o seu curto pavio
a sua sedução
a sua ilusão
o seu desvario
não fui eu
aquilo aquilo que você quer ser só seu
não fui eu
o seus deus inabalável
a sua fé cafuné espiritual
nem o seu duvidar ateu
o seu olhar bondoso
o seu olhar piegas
o seu olhar cruel
o seu céu
o seu inferno
quem pichou o seu muro
no momento mais escuro
quem grafitou o tapume
num lampejo puro lume
não fui eu
nem o susto que lhe acometeu
nem o arbusto que lhe escondeu
não fui eu
que apareceu em seu silêncio
e se perdeu em seu grito ...
Não fui eu
quem foi então
não fui eu
quem poderia ter sido
entre a pele e o tecido
que reveste o seu coração?
não fui eu
quem lhe deu a a opção
tão pouco quem lhe ofereceu
a chave da arca do tesouro
ou o molho da perdição
não fui eu
ora bolas
bolhas de sabão
e tudo se evapora
um dia foge a memória
vem outra estória
outra fábula
outra balela
em qualquer folhetim
mas não pense que quem escreveu fui eu
não sou eu
foram vândalos versos
quem o cometeu
não rimo
não arrumo
namoro alguma palavra
flerto vogais e distantes consoantes
me despeço
me disperso
me desperdiço
me acho
mais ferro do que aço
mais ferrugem do que brilho
me aventuro
mas não fui eu
que sujou o seu muro
e se infiltrou em suas paredes....
do que molécula
mais fécula do que massa
mais ázimo que fermento
mas não fui eu
que você escolheu
não fui eu
nem o que planejava ser
não seguramente não fui eu
quem lhe prometeu
mundos e fundos
musgos e fungos
nem sequer cogite
não hesite em reconhecer
que não fui eu
o seu desvio
o seu curto pavio
a sua sedução
a sua ilusão
o seu desvario
não fui eu
aquilo aquilo que você quer ser só seu
não fui eu
o seus deus inabalável
a sua fé cafuné espiritual
nem o seu duvidar ateu
o seu olhar bondoso
o seu olhar piegas
o seu olhar cruel
o seu céu
o seu inferno
quem pichou o seu muro
no momento mais escuro
quem grafitou o tapume
num lampejo puro lume
não fui eu
nem o susto que lhe acometeu
nem o arbusto que lhe escondeu
não fui eu
que apareceu em seu silêncio
e se perdeu em seu grito ...
Não fui eu
quem foi então
não fui eu
quem poderia ter sido
entre a pele e o tecido
que reveste o seu coração?
não fui eu
quem lhe deu a a opção
tão pouco quem lhe ofereceu
a chave da arca do tesouro
ou o molho da perdição
não fui eu
ora bolas
bolhas de sabão
e tudo se evapora
um dia foge a memória
vem outra estória
outra fábula
outra balela
em qualquer folhetim
mas não pense que quem escreveu fui eu
não sou eu
foram vândalos versos
quem o cometeu
não rimo
não arrumo
namoro alguma palavra
flerto vogais e distantes consoantes
me despeço
me disperso
me desperdiço
me acho
mais ferro do que aço
mais ferrugem do que brilho
me aventuro
mas não fui eu
que sujou o seu muro
e se infiltrou em suas paredes....
Carlos Roberto Gutierrez
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