um poeta
não se importa com o tempo
todo o segundo pode virar verso
o relógio de um poeta
dispensa ponteiros
não é analógico nem digital
não necessita de rubi corda e quartzo
e suiças precisões
o relógio de um poeta
não trabalha o tempo inteiro
às vezes dorme
se recolhe numa antiga estação de trem
e esquece o tempo
o relógio de um poeta
é um despertador
de câmpulas para baixo
invertido
sem alarme
sem estridentes alaridos
o relógio de um poeta
não aperta os pulsos
relaxa o coração
e suspenso alivia
a angústia da estação...
ela não precisa correr
atrás do trem...
não se importa com o tempo
todo o segundo pode virar verso
o relógio de um poeta
dispensa ponteiros
não é analógico nem digital
não necessita de rubi corda e quartzo
e suiças precisões
o relógio de um poeta
não trabalha o tempo inteiro
às vezes dorme
se recolhe numa antiga estação de trem
e esquece o tempo
o relógio de um poeta
é um despertador
de câmpulas para baixo
invertido
sem alarme
sem estridentes alaridos
o relógio de um poeta
não aperta os pulsos
relaxa o coração
e suspenso alivia
a angústia da estação...
ela não precisa correr
atrás do trem...
C.R.G
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