Vou ficar até o fim da noite
e quem sabe a madrugada
não importa o frio
neve e geada
decorando o seu jardim
cada pétala tatuada em seu corpo
e em seu vestido rosa
mais poesia do que prosa
Vou ficar a noite inteira
com a sua imagem congelada
e sentir todo o perfume
que ela evapora
como um elixir
capaz de atrair qualquer colibri
aromatizando toda a paisagem
Vou ficar até o fim da noite
e no avanço da madrugada
como um espinho insistente
que fere adere na pele
mas não se ressente
porque sabe que ferir
mesmo sem querer
faz parte da sua natureza
Ah esse vestido rosa
é o sangue do desejo
depurado em amor
Carlos Roberto Gutierrez
poetic model
Juliany Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário