POESÓ

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OU
POEMA





















domingo, 24 de agosto de 2014

Um Dia Amarelo


Dia Amarelo
Um dia amarelo
intensamente belo
um dia amarelo
que fez acordar Van Gogh
grogue por tanta luz
e beleza
um girassol sobre a mesa
um chapéu de palha
para não esquentar a cabeça
um cavalete aberto
para abraçar uma virgem tela
que deseja mais que o carvão
da lareira da noite fria passada
deseja mais do que a translúcida aquarela
do dia que amarelo começa
deseja o óleo a resina e o verniz
para eternizar os seus carinhos
gestos de afetos
rápidos precisos e desesperados
arremessados por suas espátulas
e cerdas dos seus pincéis
carretéis de sonhos
que lutam contra os medonhos pesadelos
a minha orelha sangra
e derrama o vermelho na tela
para o sol ficar mais exuberante
os meus ouvidos
no mar vermelho suspiram
os seus segredos
a sua voz azul!

Carlos Roberto Gutierrez

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