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OU
POEMA





















sábado, 8 de setembro de 2012

The Tempest

The Tempest (The Siren's Song; The Banshee's Cry)

Bob Dylan

I say!
Why do you grip so hard, that way?
Of what, is there left to be afraid?
Let the waves elope with your empty remains.
They erode your foothold, anyway.

They Mosh
Unaware of their own might
Hypnotizing
Shore-ward swallowing
They storm me, ganging up on me!
Whats become of the home that supported me?
They spit me back after drowning me
Then slip away dragging their fingers behind them.

But you expel the salt sink down lower than the undertow would bring you.
You just dont seem to see how returning to them is so far beneath you.

But then
How come my corpse it rises up?
And it is my soul that has sunk?
Hear!
That sound rings out across the land
Over, the roaring waves through every grain of sand
Is it of loss and pain or made to seduce man?
Listen!
The oohs and aahs of
Funeral spectators
Death admirators
As they bathe in ritual memories and fake tears.
Lifes underrated.
Jaded and hatred
Isolate you so abandon your fears.

And spread my ashes like a bouquet of seeds.
Far up, far out
To show you what Im made of.
Kill the parasite in every co-dependent
Brain fallen slave to pull the waves

The pull of the waves
The natural decay
Of all that is made
Is how redemption is paid

But you expel the salt sink down lower than the undertow would bring you.
You just dont seem to see how returning to them is so far beneath you.

Say, Dickinson, who do you blame for your romantic death wish?
And does it remain true that angry winds feel like a lovers breath?
Thats why you grip so hard.
No!
Its simply condition keeping me locked in!
I could escape if I knew how to swim!
Look feel youre aided
Wind, sun and strangers
have come to guide you so the choice is clear

Well spread your ashes like a bouquet of seeds.
Far up, far out
So show us what youre made of.
Well kill the parasite in every co-dependent
Brain fallen slave to the pull of the waves.

Playfully
Badgering
Casually capturing
To escape the surface chaos is to sink not to swim.

You say
To release the stranglehold keeping me safely beneath.
But, as sea foam rises up
Tickles my lips and sinks inside
Doesnt the choice of future paths become a matter of pride?
When Ive struggled so hard to excel,
Why is it so unappealing to survive?
Tradução Livre

A Tempestade  

Eu questiono
Porque você se apega tanto desse jeito?
O que há nos arredores para que você sinta receio
Deixe as ondas fugirem com as suas redes espumantes
Elas corroem de qualquer forma a terra
deixam nódoas em azulejos
e enferrujam até pensamentos

As ondas batem
Inconscientes de sua própria força
Hipnotizam
Engolem a praia
Elas arrebentam e eu sinto os seus efeitos
quando batem sobre meu peito
ainda não rarefeito de uma dor
O que aconteceu com o mar que me ajudava?
Antes as ondas faziam surfar os meus pensamentos
Hoje elas cospem e repelem após ter-me afogado em lamentos
.E os meus dedos indefesos escorregam-se entre elas
puxando recentes e úmidas lembranças
de bonanças contra tempestades

Mas você expele o sal e afunda mais do que do que seria possível na praia.
se entrega...desmaia e desmancha um castelo de areia em segundos
um castelo que tomou tanto seu tempo e desvelo
Você parece simplesmente não ter a noção
quanda a retorna à praia de quanto ficou submerso
 numa tempestade interior

Porém
eu agora me questiono
Como pode meu corpo se levantar?
E minha alma afundar?
após essa tempestade
Escute!
Esse barulho soa por toda a terra
Além do rugido das ondas por cada grão de areia
Mar com toda a sua profundeza
que seduz tantos seres
tranformando-os em piratas ou aventureiros
que peoduz tantas viagens e perdas
que escondem douradas e cruéis surpresas
tesouros e também dentes e presas de tubarões
Escute!
Os gritos de espanto
a tempestade de lágrimas
dos espectadores do funeral
Admiradores da morte
que enquanto se banham em memórias e falsas lágrimas
Vidas subestimadas
Embotadas e odiadas
Isoladas,
 se livram  dos seus medos das suas vidas inglórias na morte
na ultima tempestade

Agora espalham minhas cinzas como um buquê de sementes.
Pra cima, pra longe
Para lhe mostrar do que eu sou feito.
Até o parasita que habita o meu ser
e também os neurônios escravos do meu cérebro
Cérebro  por onde fogem ideias e conceitos
pelo balanço das ondas.

O puxar das ondas
A decadência natural
De tudo que é feito
A redenção que é ainda é possível resgatar
mesmo após toda a tempestade

Você parece simplesmente não ter a noção
quanda  retorna à praia de quanto ficou submerso
 numa tempestade interior
e expele todo o sal que lhe possa corroer


Esclareça, Dickinson, qual é a culpa do seu romântico desejo de morrer?
E continuar a crer  que os furiosos ventos são  hálitos dos amantes?
É por isso que você se apega tanto.
Não!
Essa simples condição essa minha natureza apaixonada
esse meu aprisionar no desejo de amar
atraí mais tempestades
Eu poderia escapar se eu soubesse como nadar!
Veja e sinta, você é ajudado
Vento, sol e estranhos
olhos esbugalhados de faróis
Vieram para guiar você
então a decisão é clara
você Dickinson é a sua própria tempestade

Bem espalhe suas cinzas como um buquê de sementes.
Para cima, para longe
Então nos mostre do que você é feito
carne ossos músculos nervos
Nós matamos o parasita e todos os  seus dependentes
Montamos o mosaico do seu cérebro feito escravo
 pelo balanço das ondas.
por tanto tempo
e lhe trazemos novas gaivotas
para outras rotas

Brincando
Incomodando
Capturando casualmente
podemos escapar ilesos
da superfície caótica
mesmo nos afundando
no buraco negro do Universo
um verso apenas poderá nós servir de lanterna
dentro da caverna de nós mesmos

Você diz
Para me soltar da prisão que me mantém seguro em baixo.
Mas como o mar se levanta
Faz cócegas em meus lábios e entra por eles
A escolha de caminhos futuros não se torna uma questão de orgulho
se torna uma âncora para sobreviver e sonhar 
Porque apenas sobreviver não torna a vida atrativa
apenas tempestade
ações intempestivas


Carlos Gutierrez
 

 

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