NÃO SEJA TARDE DEMAIS
E foram dias,
meses,
rasgando lembranças
e guardando
meticulosamente
o anseio pelo regresso!
sã, reencontro, reencantamento.
Esperava até o momento crítico,
o mais efusivo de todos
para lhe remeter afeições,
seriam poemas, contos, prosa, cartas,
um livro quem sabe feito de papel reciclado
todo escrito em vermelho,
dizendo até onde caminhei passos tétricos,
com trechos de canções censuráveis,
um retrato em branco e preto,
uma gota d'água da última chuva,
um olhar de Dylan.
Livre! Se queres ir,
nada farei,
sem esse silêncio trovador buscarei seu sol,
direi que senti a sua saudade.
Que já não seja tarde demais!
Desirée Gomes
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