POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















sábado, 24 de maio de 2014

TEMPESTADE

Vem!
Chega mais!
em minha tempestade
Vem!
de alguma nuvem
que ainda não chora
com aquele guarda chuva
esquecido fora de hora
o dia já está tão escuro
o tempo está assustador
os raios riscam o céu
como espadas flutuantes
lâminas conflitantes
enquanto a chuva intermitente
enxagua as ruas
formam poças espelhos
entopem os bueiros
e deixa vulneráveis todos os pisos
naturais e impermeáveis
Vem! venha como um raio fatal
nesse todo temporal
enxugar o meu corpo
os meus olhos encharcados
Vem me proteger
com o seu guarda chuva invocado
a sua capa de nylon
e galochas sobressalentes
e a sua lanterna interior
Vem! me seduz
seja a minha luz
que reduz a tempestade



Carlos Roberto Gutierrez





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