POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















sexta-feira, 27 de junho de 2014

ESPERA

Posso sentar e esperar o poema batente a porta
É bom, enquanto isso olho pela janela
Não que a paisagem esteja diferente, ao contrário

Fielmente igual ao sempre
Mas a brisa que bate me presenteia com olhos diferentes
Por eles posso escolher as cores, desenhos, rostos, e lugares
Fico entre a noite da Lapa e a manhã siberiana
A avenida barulhenta e a trilha acidentada,
Mas quero mesmo os cassinos de Vegas ou calçadas da Augusta.
Pensei em segurar os ponteiros do relógio, o tempo
Não parece tão gentil comigo.
Que seja, que venha..
Se a madrugada me atirar a cama querendo me pôr a assistir sonhos,
Entre pela porta quase aberta,se junte ao meu travesseiro
Iremos juntos aos cassinos e calçadas,
Vista seu terno risca de giz, abra a champagne e ascenda o charuto
Teremos tempo para um can-can, ou bossa nova
Se preferir o quarto, dispa-se do simbolismo e
Acorde-me, com o beijo apaixonado.


Desirée Gomes




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