POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















domingo, 4 de maio de 2014

ACONCHEGO

ACONCHEGO

Sossego
após a fúria do desejo
do epoxi de beijos
do box embaçado
do cansado vinil
girando na pick up
com a felpuda toalha
enroscada em seu braço sutil
Sossego
nossas mãos ainda estão ocupadas
gravam carinhos
seguram taças
abrem e se fecham
ainda sentem ameaças
do que um romance pode trazer
então deixamos que os nossos pés
fujam do medo
e se entrelaçam na raiz
na base do esqueleto
juntamos os nossos dedos
disformes
mas em puro aconchego

Carlos Roberto Gutierrez

poema em forma de aconchego
 
 
 
 

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